Na bela tarde de sábado, 08/03, fiéis de todas as paróquias da Arquidiocese de Campo estiveram no Parque das Nações Indígenas, em Campo Grande, para o lançamento da Campanha da Fraternidade que traz como tema “Fraternidade e Ecologia Integral”, e como Lema “Deus viu que tudo era muito bom” (Gn 1,31).
A programação teve início às 15h30 com animação das bandas católicas e da Orquestra Indígena. Após estas apresentações, e com a condução do mestre de cerimônias, Pe. Alex Messias, a abertura oficial foi feita por Dom Dimas Lara Barbosa que, brevemente, refletiu sobre Ecologia Integral, além de parabenizar as mulheres evangelizadoras pelo Dia Internacional das Mulheres. Dom Dimas foi seguido pelo Sr. Marcelo Ferreira Miranda, Secretário de Estado de Turismo, Esporte e Cultura, que também representou o Sr. Eduardo Corrêa Riedel, Governador do Estado de Mato Grosso do Sul, ressaltando a parceria entre Governo Estadual e Igreja Católica.
Como gesto concreto pela ecologia integral foram entregues mudas de Ipê aos párocos e acompanhados pelos coordenadores de CPP, juntamente com uma placa de identificação com o nome de cada Paróquia. Estas mudas serão plantadas em local específico pelos funcionários do Parque.
Em sua homilia, Dom Dimas Lara Barbosa lembrou que o povo da Bíblia, como apresentado na primeira leitura (Dt 26,4-10), professava um CREDO HISTÓRICO, que falava da experiência vivida pelo povo, da presença de Deus que com ele caminhava em sua história pessoal e coletiva. Deus, com sua mão poderosa, através de Moisés, tirou seu povo da casa da escravidão e o conduziu pelo deserto para, aos pés da montanha sagrada, entregar-lhe Sua Lei, os Seus Mandamentos. Nós usamos normalmente dois Credos, o Símbolo dos Apóstolos e o Símbolo de Nicéia e Constantinopla. Ambos são sínteses dos conteúdos de nossa fé. Já o Credo professado na primeira leitura falava da história do povo com seu Deus, e não tanto de verdades teológicas a serem acreditadas.
Dom Dimas partilhou sua experiência espiritual no retiro inaciano de 30 dias em silêncio, quando foi convidado a olhar para sua própria história de vida, procurando descobrir as pessoas e momentos de que Deus se serviu ao conduzi-lo em sua caminhada de fé. É muito bonito perceber como em todos os momentos, alegres ou tristes e os marcados por grandes provações, era o Senhor que estava conosco.
Conclamou todo o bom povo fiel de Deus a fazer a mesma experiência, percorrer sua história de vida. Se restaram marcas negativas, que cada um peça ao Senhor que as cure, sabendo que Ele estava lá naqueles momentos. E louvar o Senhor por cada pessoa, cada acontecimento que fizeram com que fôssemos quem hoje somos. Convidou a todos a incluir em sua oração o ambiente em que cada um viveu, uma vez que o próprio meio ambiente é importante, assim como o contexto social, com nossas amizades, alegrias e esperanças, tristezas, decepções. “Coloca tudo isso no coração do Senhor”, disse.
Ao terminar, expressou seu desejo de que seja inserida a Campanha da Fraternidade no contexto ainda maior do Ano Santo da Encarnação: 2.025 anos da realização do sacrifício redentor que nos redimiu a todos. Somos Peregrinos de Esperança. Criando pequenos hábitos de cuidados ajudaremos o nosso planeta. Que cada comunidade pense o que pode ser feito concretamente em seu ambiente.
Dom Dimas lamentou pelas pessoas de igreja que ainda jogam lixo nas ruas, no quintal do vizinho e descartam sem nenhuma proteção cacos de vidro que certamente irão ferir nossos irmãos garis. É impressionando como ainda se joga fora tanto alimento quando tantos irmãos e irmãs passam fome.
Após o encerramento da Santa Missa, o Ministério de Música Fraternidade João Paulo II fez sua apresentação, momento de forte louvor e alegria.
Fotos: Claudio Igor, Talita Moreira, Eduardo Nunes