“Queremos viver! Chega de violência e extermínio da juventude!” Essas foram manifestações durante a Caminhada em favor da Juventude na manhã deste sábado, 22, no 3º Congresso Missionário Regional de Mato Grosso do Sul que aconteceu em Três Lagoas. O ato reuniu cerca de 500 congressistas, além da população local para percorrer uma das avenidas centrais da cidade, partindo da capela Santo Antônio com destino à catedral Sagrado Coração de Jesus. Durante o percurso entre canções, orações e gritos de ordem, grupos de jovens chamaram a atenção para os números da violência e extermínio da juventude que, no Brasil, causa 27 mil mortos por ano.
Entre os participantes estavam lideranças indígena Guarani Kaiowá de Dourados (MS). No estado, a população indígena é de aproximadamente 45 mil pessoas de sete etnias, sendo que a maioria vive em acampamentos ou em pequenas reservas e sofre um processo de dizimação com alto índice de assassinatos (319 casos nos últimos dez anos), ameaças de assassinatos, suicídios e discriminação.
Partindo das Bem-aventuranças, em sua homilia, dom Eduardo convocou os jovens a serem promotores da paz. “Diante da violência que quer nos derrubar como humanos, devemos enfrentar o extermínio dos jovens com a coragem que vem do Espírito Santo”, afirmou o bispo. “Isso nos faz compreender que quem nos envia também foi violentado em sua juventude. Ele também foi exterminado, mas carrega a força da esperança em uma vida digna e plena para todos. As Bem-aventuranças nos trazem a identidade enquanto filhos de Deus. ‘Felizes os que promovem a paz porque serão chamados filhos de Deus’. Assim nos reconhecemos filhos de Deus quando promovemos a paz”, explicou dom Eduardo. “Existe um motivo para que essa bem-aventurança não esteja no futuro, isto é, não temos que esperar para promover a paz e seu plano profético. Promover a paz não é só gostar da paz, ter a paz de espírito, não é só viver no seu mundinho de paz. Hoje estamos cheios de feudos de paz, mas essa é uma pseudopaz. O projeto de Jesus nos chama a promover a paz e isso exige de nos a saída”.
Dom Eduardo anunciou ainda alguns projetos de evangelização com a participação da juventude, a exemplo da iniciativa “Plantando Esperança” que pretende enviar voluntários para trabalhar na Fazenda da Esperança, na recuperação de dependentes químicos.
Por Jaime C. Patias





