O primeiro Encontro de Sensibilização da Pastoral do Povo da Rua, aconteceu no dia 23 de agosto, no Instituto Filhos da Divina Misericórdia, na Cidade de Deus. Estiveram presente Dom Dimas Lara Barbosa, Arcebispo Metropolitano de Campo Grande a promotora pública drª Jaceguara e o Assessor Nacional da PPR, Sr. Gladiston, Irmã Rosane Costa, coordenadora da Pastoral do Migrantes,Pe Reginaldo Padilha, Pároco da igreja Nossa Senhora da Guia, e membros da Comunidade. Cerca de 60 pessoas prestigiaram o evento, sob a coordenação do Pe Agenor CSSR.
Nesse cenário, a Pastoral Nacional do Povo da Rua – PPR busca fazer o enfrentamento da situação de exclusão vivenciada pelos (as) catadores (as) e moradores (as) de rua, cada vez mais agravada pelo modelo de desenvolvimento vigente. Ela possui abrangência nacional, iniciou suas atividades no ano de 2001 e sua articulação é consequência do trabalho desenvolvido nas cidades de Belo Horizonte e São Paulo que realizavam intervenções nessas cidades desde o final da década de 1980. A Pastoral integra a Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, Justiça e Paz da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, o Fórum de Mudanças Climáticas e Justiça Social e o Mutirão para a Superação da Miséria e da Fome.
População em situação de Rua e catadores (as) de material reciclável no Brasil
População em situação de rua, fenômeno essencialmente urbano, ainda é um tema pouco debatido na sociedade brasileira. Trata-se de um grupo populacional heterogêneo composto por várias especificidades relacionadas à vulnerabilidade social e a pobreza urbana. A conceituação que até então tem melhor caracterizado esse segmento é aquela estabelecida no Decreto nº 7.053/2009, que instituiu a Política Nacional para a População em Situação de Rua: Considera-se população em situação de rua o grupo populacional heterogêneo que possui em comum a pobreza extrema, os vínculos familiares interrompidos ou fragilizados e a inexistência de moradia convencional regular, e que utiliza os logradouros públicos e as áreas degradadas como espaço de moradia e de sustento, de forma temporária ou permanente, bem como as unidades de acolhimento para pernoite temporário ou como moradia provisória.
O fenômeno População em Situação de Rua está vinculado ao surgimento das cidades e tem sua incidência agravada em função de modelos econômicos injustos. É um reflexo da dinâmica da produção e reprodução social do espaço urbano no sistema capitalista.
O fenômeno social população em situação de rua; constitui uma síntese de múltiplas determinações, cujas características, mesmo com variações históricas, o tornam um elemento de extraordinária relevância na composição da pobreza nas sociedades capitalistas.
Não existem muitos dados disponíveis sobre a população em situação de rua no país. As pesquisas censitárias realizadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE são de Caráter domiciliar, não abarcando assim, as pessoas em situação de rua. A inclusão da PSR nas pesquisas censitárias é de fundamental importância para que as políticas públicas a contemplem.
O próximo encontro desta Pastoral em nossa Arquidiocese será realizado proximamente, a qual já terá como finalidade a Formação dos futuros agentes; aguardem.




