Começa a contagem para o Jubileu de ouro do início das ordenações do clero diocesano da Arquidiocese de Campo Grande

por Pe. Ubajara Paz de Figueiredo

Há 49 anos, em 15 de Janeiro de 1966, foram registradas as primeiras ordenações sacerdotais da então Diocese de Campo Grande. Os pioneiros são os irmãos Fabiano e Ubajara. Na época, a atual Arquidiocese, deu o passo fundamental da sua missão apostólica na Igreja Particular ao preparar e ordenar seu clero próprio, os padres diocesanos, permanentes cooperadores da ordem episcopal.

Começa agora a preparação para o Jubileu de ouro do inicio das ordenações do clero diocesano da Arquidiocese de Campo Grande.

Tendo presente sua histórica caminhada, a então Diocese era 100 % dependente das congregações religiosas em todos os serviços do pastoreio da sua população territorial (149.958 km2²).

Diante dessa situação surge o desafio, o dever e o compromisso da Arquidiocese assumir com dinamismo, vigor e alegria o valor e o significado desse Jubileu de Ouro.  Munida agora de seu clero próprio, revele-se como sacramento da presença viva e encarnada de Cristo do mistério na Igreja a serviço do Reino de Deus na sociedade. Com mangas arregaçadas, encare a urgência do processo da celebração jubilar em todas as etapas: motivação, organização, e articulada e ativa inserção de todas as suas forças vivas presbiterais, religiosas e laicais.

Na verdade a meta em vista é muito maior do que apenas homenagear os sacerdotes pioneiros. Pois nem a morte deles poria fim ao processo deflagrado quando o querido, sábio, diligente e saudoso Dom Antonio Barbosa, invocou o Espírito Santo e impôs as mãos sobre nós e proclamou a oração consecratória. O inédito fato das ordenações prosseguirá com o jubileu de diamante, o centenário e os séculos vindouros. Eis a meta:o real Jubileu do início das ordenações do clero de uma Igreja Povo de Deus, mediante o discernimento e a vivência da “Alegria do Evangelho”!

Importa ainda ter presente que só após o transcurso de 17 anos é que houve a ordenação do 3º padre diocesano, no dia 04 de março de 1983, em Terenos, no Ginásio de Esportes “Alessandro Rosa Vieira”. Sobre ela houve uma adequada preparação do ordenando, dos seminaristas do Seminário Maior Maria Mãe da Igreja (SEMMAI) e da comunidade terenense, conduzida pelo padre diocesano, Jorge Guillén Garcia, missionário espanhol da Arquidiocese de Granada, e ativo apoio dos padres José Fernandes Cobo e Izidoro Bruxel, reitor e diretor espiritual do SEMMAI.

Dom Antonio Barbosa captou tudo como um magnífico dom da Divina Providência. Com expressiva alegria e esperança, impôs as mãos sobre o jovem diácono Silvério Lopes da Silva, ordenou-o presbítero e, de imediato, como pároco, confiou-lhe a paróquia Santo Antônio de Pádua.

E as ordenações diocesanas tornaram-se progressivas e frutuosas, por meio do persistente Serviço de Animação Vocacional (SAV) desencadeado pelo padre Fabiano e equipe. E aconteceu a eclesial maravilha da fidelidade a Cristo que, compadecido de uma multidão semelhante a um rebanho sem pastor, foi incisivo aos Apóstolos: “A messe é grande e poucos são os operários; peçam ao Senhor da messe que envie operários para a colheita” (Mt 9,37; Lc 10,2).

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