Celebração da Santa Missa Exequial de Pe. Orlando Boeira Cáceres

Na manhã destas sexta-feira, 11de junho, em que a Igreja celebra a Solenidade do Coração de Jesus, numerosos padres, diáconos e seminaristas de nossa Arquidiocese, juntamente com Dom Dimas Lara Barbosa, Dom Mariano Danecki, OFMConv e Dom Vitório Pavanello, SDB, se dirigiram em peregrinação à Paróquia São José (tendo em vista o Ano de São José decretado pelo Papa Francisco). A proposta inicial era de ali orarem juntos pela santificação do nosso clero, sendo hoje comemorado o Dia Mundial de Oração pelo Clero. Infelizmente, ontem veio a notícia do falecimento do Chanceler do Arcebispado, Pe. Orlando Boeira Cáceres, após uma longa enfermidade.
Juntamente com a Coordenação do Clero, foi decidido unir os motivos para a peregrinação: a Santa Missa em honra do Sagrado Coração de Jesus, o Dia Mundial de Oração pela Santificação do Clero e seria também a Missa de corpo presente do Pe. Orlando.

Em sua homilia, Dom Dimas Lara Barbosa destacou o longo sofrimento vivido poeloPe. Orlando por sua frágil saúde.  Mas apesar de todas as dificuldades que a doença lhe trazia, Pe. Orlando foi sempre presença amiga e eficiente ao longo de 10 anos de seu ministério na Chancelaria da Cúria Metropolitana.

Ao pensar no Coração de Jesus como modelo para todos os  cristãos e também para os pastores, todos nós caminhamos na mesma estrada, em uma mesma direção. Para nós que cremos, a morte é, sim, o fim de nossa caminhada na terra, mas não o fim enquanto destruição mas como finalidade. Graças à vitória de Cristo, a morte já não tem a palavra final.

“Do lado aberto de Cristo jorraram sangue e água e sangue”, nos diz São João no seu Evangelho. Santo Agostinho, refletindo sobre essa passagem, tem uma intuição grandiosa, que diz respeito à própria identidade da Igreja: qual nova Eva, brotando do lado aberto do Cristo, o novo Adão,  dormindo sobre a cruz, nasceu o admirável  sacramento que é a Igreja. Essa intuição foi recolhida pelo Concílio Vaticano II como expressão da autoconsciência que a Igreja tem de si mesma. Ela brota do coração traspassado do Cristo. Por isso, ela é parte da nossa profissão de fé, quando proclamamos que cremos na Igreja Una, Santa, Católica e Apostólica.

Os ministros ordenados, chamados a serem pastores segundo o Coração de Jesus, são chamados a construir essa mesma Igreja que dele nasce e vive. Coração, na Bíblia, é a sede dos sentimentos, das alegrias, da misericórdia, do amor. Foi assim como Santa Terezinha, que mesmo vivendo no Carmelo, em clausura, descobriu sua vocação mais profunda: “no coração da Igreja, a minha mãe, eu serei o amor”. O mesmo vale como inspiração para cada discípulo missionário de Jesus.

A celebração finalizou com a oração própria para encomendação do corpo, seguindo-se alguns momentos em que os familiares e demais presentes puderam despedir-se do irmão Pe. Orlando Boeira Cáceres.

A Solenidade do Coração de Jesus nos une em um mesmo pedido a Deus, a santificação de todo o clero.

Fazemos ainda memória do anúncio do ministério episcopal de Dom Dimas Lara Barbosa como bispo auxiliar da Arquidiocese do Rio de Janeiro, acontecida há 18 anos, no dia 11 de maio de 2003, memória do Apóstolo São Barnabé, este ano omitida por coincidir com a Solenidade do Sagrado Coração de Jesus.

 

 

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