Sensibilizar a população é a meta dos voluntários capacitados para atuarem em mutirão

O plenário da Câmara Municipal de Campo Grande ficou lotado de voluntários unidos para o combate ao mosquito Aedes aegypti. Cerca de 100 pessoas de comunidades católicas, evangélicas e espíritas estiveram presentes na tarde de capacitação.

Em parceria com o Conselho Estadual de Pastores e com a Federação Espírita de MS, a Arquidiocese da capital une esforços com Governo do Estado para capacitar os grupos para um mutirão que será realizado no dia 27 de fevereiro nos bairros da cidade. “Precisamos nos dar as mãos como irmãos e vencer essa epidemia que tem trazido tanto problema à nossa cidade”, declarou o Apostolo Edilson Vicente da Silva, presidente do Conselho Estadual de Pastores.

FOTO MATERIAVisto como um marco, o mutirão é um dos gestos concreto da Campanha da Fraternidade Ecumênica 2016 que neste ano analisa a condição do saneamento básico no Brasil. A Arquidiocese de Campo Grande avalia que a proliferação do mosquito transmissor das doenças dengue, chikungunya e zika vírus é resultado da falta de cuidado com a saúde pública. “As Igrejas tem que fazer mais do que um mutirão. Pedirei, posteriormente, que as lideranças católicas direcionem as atividades para as pessoas que moram próximo ao lixão”, disse o arcebispo da capital Dom Dimas Lara Barbosa.

Os voluntários serão identificados com coletes e crachás e distribuirão aos moradores panfletos educativos fornecidos pela Secretaria Estadual da Saúde (SES). No dia 23 às 19h, esses materiais serão entregues aos representantes paroquiais no subsolo da Catedral Nossa Senhora da Abadia, Paróquia Santo Antônio. As outras igrejas cristãs definirão sua forma de entrega dos subsídios aos voluntários participantes.

A capacitação dada por técnicos da SES abordou desde a biologia do mosquito ao controle vetorial. A enfermeira e também gerente de Epidemiologia, Lívia Mello, explicou as diferenças entre as reações de cada enfermidade, apesar de serem semelhantes e causar dúvidas na população.

O coordenador de Vetores da Secretaria Estadual de Saúde, Mauro Lúcio Rosário, foi enfático ao admitir que o trabalho principal é sensibilizar o próximo. “96% das pessoas sabem quem transmite e como prevenir essas doenças. Infelizmente, menos de 10% tem a sensibilidade de agir”, mensurou.

Trabalhando com controle de vetores há 28 anos, Mauro diz que a eliminação do mosquito Aedes aegypti deveria ter acontecido há 10 anos. Para ele ainda não é tarde para agir, mas que este é o momento. “Não é tarde para arregaçarmos as mangas senão daqui há cinco anos, metade de nós não existiremos mais. Há o risco de uma epidemia tripla de dengue, zika vírus e chikungunya”, alerta.

Ana Paula Cardoso

Comunicação Institucional

 

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