No sábado, 25/03, a Pastoral Litúrgica Arquidiocesana realizou encontro com os ministros leigos, MECEs, Ministros Extraordinários da Comunhão Eucarística.
A tarde de formação contou com a presença de cerca de 400 ministros leigos vindos das paróquias que formam as foranias Norte, Sul e Sudoeste. O encontro foi realizado na Paróquia Santo Agostinho de Hipona.
A formação foi conduzida por Pe. Miguel Porto e Pe. Gabriel Gonçalves, Assessor Eclesiástico, abordando os temas Celebração da Palavra e Lectio Divina.
Pe. Miguel enfatizou alguns aspectos sobre o comportamento e responsabilidade de cada ministro leigo:
a prática constante da Adoração ao Santíssimo Sacramento; oração diante do sacrário antes de realizar a visita ao doente porque nós carregamos com as mãos pobres o Cristo ainda hoje. Lembrou que todos devem visitar os doentes impedidos de participar da Santa Missa.
Veja aqui o Decreto das Diretrizes para Meces
https://arquidiocesedecampogrande.org.br/wp-content/uploads/diretrizes-para-os-meces.docx
A importância da Palavra de Deus é destaque no Plano Arquidiocesano de Pastoral, como Casa da Palavra:
“A Igreja funda-se, nasce e vive da Palavra de Deus. Por isso a Sagrada Escritura precisa estar sempre nas casas, reuniões, encontros e celebrações. Ela entra na mente, toca o coração, nutre o espírito e transforma a vida, gerando a experiência comunitária e a ação missionária”. (PAP, n.10)
Acesse aqui o e-book com o Plano Pastoral:
https://arquidiocesedecampogrande.org.br/arquidiocese-lanca-a-regra-de-vida-comunitaria/
A “Lectio Divina” é uma expressão latina já presente e consagrada no vocabulário católico, que pode ser traduzida como “leitura orante da Bíblia”. A Lectio Divina é deixar-se envolver pelo plano da Salvação de Deus.
A Lectio Divina tradicionalmente é uma oração individual, porém, pode-se fazê-la em grupo. O importante é rezar com a Palavra de Deus, lembrando o que dizem os bispos no Concílio Vaticano II, relembrando a mais antiga tradição católica – que conhecer a Sagrada Escritura é conhecer o próprio Cristo.
O Concílio Vaticano II, em seu decreto Dei Verbum 25, ratificou e promoveu, com todo o peso de sua autoridade, a restauração da Lectio Divina, retomando essa antiquíssima tradição da Igreja Católica. O Concílio exorta igualmente, com ardor e insistência, a todos os fiéis cristãos, especialmente aos religiosos, que, pela frequente leitura das divinas Escrituras, alcancem esse bem supremo: o conhecimento de Jesus Cristo (Fl 3,8). Porquanto, “ignorar as Escrituras é ignorar a Cristo” (São Jerônimo, Comm. In Is., prol).
O método mais antigo e que inspirou outros mais recentes, é que, seja pessoalmente, em comunidade ou no círculo bíblico nós comecemos a reflexão com a Palavra de Deus e que, depois da invocação do Espírito Santo, segue os passos tradicionais: 1- Lectio (Leitura); 2- Meditatio (Meditação); 3- Oratio (Oração) e 4- Contemplatio (Contemplação).
1 – Leitura
O que fala o texto? É necessário está atento aos detalhes: o ambiente, o desenrolar dos acontecimentos, os personagens do texto, quais são os diálogos, a reação das pessoas; procurando perceber os seus sentimentos, as questões mais interessantes, as palavras e trechos que chamam mais atenção. Esse passo é o que exige maior esforço da nossa parte.
2 – Meditação
O que diz o texto de forma pessoal para mim? Este é o momento de se colocar diante da Palavra. É hora de “ruminar”, saborear a Palavra de Deus. Na meditação vamos questionando, confrontando a passagem com a nossa vida, por meio do Espírito Santo.
3 – Oração
O que o texto me faz responder ao Senhor? A oração nasce como fruto da meditação. Os sentimentos nos levam a dar uma resposta a Deus. Através do Espírito Santo, nos é suscitado o louvor, a súplica, a oração penitencial, a oferta.
4 – Contemplação
O que a Palavra faz em mim? É o próprio Deus que age em nossas vidas. É permitir a ação de Deus que recebe a nossa oração e nos leva ao Seu coração. Na contemplação nós somos impelidos a ser como Cristo.
Plano Formativo para MECEs
https://arquidiocesedecampogrande.org.br/plano-de-formacao-para-os-ministros-extraordinario-da-comunhao-eucaristica/