482 Famílias visitadas na missão de férias dos seminaristas em Rochedo

482 FAMÍLIAS VISITADAS NA MISSÃO DE FÉRIAS DOS SEMINARISTAS EM ROCHEDO

Com a Santa Missa paroquial das 8h da manhã, presidida pelo Arcebispo Metropolitano, Dom Dimas Lara Barbosa, concelebrada pelo Bispo Auxiliar, Dom Mariano Danecki, OFM Conv., e pelos sacerdotes Pe. Gustavo Winkler, Pároco, Pe. Bruno Capistrano e Pe. Emilson José Bento, da equipe de organização, encerrou-se neste 4º Domingo do Advento, 19 de dezembro, a semana de missão dos seminaristas da Arquidiocese de Campo Grande no início do período de férias. Segundo as palavras do Pároco da Paróquia São Sebastião Mártir, de Rochedo, Pe. Gustavo Winkler, que acolheu a missão de férias deste ano, a presença dos seminaristas em sua comunidade marca um dos pontos altos do Ano Missionário Paroquial, proclamado no dia 20 de janeiro passado, festa do Padroeiro São Sebastião, e que se estenderá até 20 de janeiro de 2022.

Os vinte seminaristas da Arquidiocese foram enviados dois a dois, a todas as comunidades urbanas e rurais da Paróquia de Rochedo, na Santa Missa com o Rito de envio de missionários celebrada por Dom Mariano, no dia 12 de dezembro, domingo. Estes foram os lugares de missão dos seminaristas: comunidade da região Canaã e Fortaleza (Seminaristas missionários Luiz Henrique e Gabriel Roriz, 38 casas visitadas); comunidade da região Igrejinha (Seminaristas missionários Álisson e Heitor Eduardo, 34 casas visitadas); comunidade da região Água Boa, Pindaíba, Mateiro e Campo Alegre (Seminaristas missionários Cláudio Igor e Pedro Henrique, 50 casas visitadas); comunidade da região Angico ( Seminaristas Missionários Cesar Augusto e Antônio Carlos, 53 casas visitadas); comunidade da região Pirisal (Seminaristas missionários Thiago Ernesto e João Victor Fernandes, 47 casas visitadas); comunidade da região Recanto dos Pintados (Seminaristas missionários Lucas Alves e João Pedro Rocha, 26 casas visitadas); comunidade Matriz (Seminaristas missionários Willian Roberto e Paulo Victor – 81 casas visitadas, João Pedro Dorta e João Pedro Nantes – 50 casas visitadas, Ronaldo Corim e Wellington Linhares – 33 casas visitadas, Ítalo Lopes e Matheus Sanabria, 70 casas visitadas). Segundo o que informou ainda o Pároco, Pe. Gustavo, foram 482 as famílias visitadas em sua comunidade paroquial.

Durante a semana missionária, os seminaristas visitaram as casas das famílias de sua respectiva região, realizando momentos de oração, diálogos, partilha de refeições e bênçãos da casa e objetos, uma vez que todos eles receberam mandato do ministério da benção e portavam consigo o Ritual de Bênçãos por Ministros Leigos. Com os recursos financeiros levantados pela Coordenação Diocesana de Pastoral foi possível oferecer a cada uma das famílias visitadas um rosário, um encarte ensinando como rezá-lo, o livreto da Novena de Natal da CNBB e uma Bíblia. A cada noite da semana missionária as visitas eram concluídas com a realização da Novena de Natal na casa de uma família, sob a condução dos seminaristas e lideranças da comunidade paroquial. Além disso, em cada uma das comunidades foi celebrada a Santa Missa com atendimento de confissões, graças à colaboração de Dom Mariano, Pe. Gustavo, Pe. Solimário, Pe. Bruno, Pe. Emilson, Pe. Paulo Haiber e Pe. Vander Casemiro. Em virtude de iniciativa do Pároco, tendo em vista a continuidade do trabalho pastoral a partir da missão, os seminaristas puderam realizar um levantamento sobre a situação das pessoas visitadas quanto à recepção dos sacramentos. Foi possível encontrar razoável número de pessoas que necessitam completar a sua Iniciação Cristã com o recebimento dos sacramentos da Eucaristia e da Crisma, outras que necessitam celebrar o Sacramento do Matrimônio e até mesmo algumas que desejam tornar-se cristãs pelo Sacramento do Batismo.

O Arcebispo Metropolitano, em momento de avaliação realizado logo após a Santa Missa de encerramento desta semana missionária, agradeceu Pe. Gustavo por ter aberto as portas de sua Paróquia para este trabalho neste ano, bem como a todos aqueles que se envolveram na organização e realização da missão: Pe. Vander Casemiro, Coordenador Diocesano de Pastoral, Pe. Bruno Capistrano e Pe. Emilson José Bento, em nome dos formadores do Seminário Propedêutico Dom Antônio Barbosa e do Seminário Maior Regional Maria Mãe da Igreja, a Sra. Genoveva Junqueira e a Sra. Marta, respectivamente secretária paroquial e coordenadora do Conselho Paroquial de Pastoral (CPP) da Paróquia São Sebastião Mártir de Rochedo.

A Missão de Férias foi um momento de crescimento para cada um dos seminaristas, dentro do processo formativo rumo ao sacerdócio ministerial, como é possível constatar pela leitura dos relatos abaixo escritos por alguns deles:

“Olá, me chamo Pedro Henrique. Entrei no Seminário esse ano e foi a primeira missão de que participei. Estive na área rural e foi uma experiência maravilhosa. Ver como o povo simples vive a fé além de me inspirar, fortaleceu a minha vocação. A contribuição do povo através da experiência de vida vai estar marcada na minha história vocacional e vou guardar com carinho os momentos que passei. Agradeço a Deus pela oportunidade de poder visitar as famílias e anunciar nesse tempo do advento Aquele que veio para nos salvar”(Pedro Henrique, 1º ano de Filosofia).

“Em cada casa visitada nestas Santas Missões foi possível viver uma grande experiência através do contato com as famílias. Anunciar a Boa Nova a quem tanto precisa, edifica e fortalece a nossa vocação. Um aprendizado foi o amor e o zelo que preciso ter com os idosos e doentes, levando-lhes Jesus que revela o quanto são preciosos para a Igreja (Ítalo Lopes, 1º ano de Teologia).

“Me chamo Antônio Carlos. Esta foi a minha primeira missão. E logo de primeira digo que foi excelente. Pude experimentar um pouco da realidade rural, encontrando pessoas muito simples, mas que nos acolhiam sempre com muito amor e principalmente com muita fé e amor a Deus.
Foi um grande auxílio para a minha vocação poder viver esta semana em missão, pois vi que o povo está sedento de Padres que se sacrificam por eles. Agradeço ao bom Deus por ter me escolhido para falar um pouco da fé católica no interior de Rochedo, onde o trabalhador acorda cedo e muitas vezes volta só à noite para a sua casa” (Antonio Carlos, 1º ano de Filosofia).

“Meu nome é Cesar Augusto, sou seminarista da Arquidiocese de Campo Grande e estou cursando o segundo ano de Teologia. As missões populares realizadas em Rochedo – MS, neste ano, foram uma experiência muito marcante para mim. Conheci a senhora Maria que foi casada por 51 anos com o esposo e há pouco mais de 10 meses perdeu seu companheiro. Na escuta atenta do testemunho dela, notei o amor com que ela se referia ao seu finado esposo. Percebi alguém que amou profundamente. Tantos acontecimentos que, por vezes, ao longo dos 51 anos de casamento não viam uma solução, na confiança sempre firme no Bom Deus, superaram juntos. Uma caminhada de fidelidade, doação que, acima de tudo, os fez compreender que é no cotidiano da vida, no ordinário, que o extraordinário se faz presente. A história de Amor da senhora Maria e do seu esposo falecido me mostrou a beleza da fidelidade e a importância de Amar. Amar sempre, sem medidas, sem limites, pois o Amor tudo supera e tudo suporta. Uma história de um casal que viveu apaixonado me ensinou que o Sacerdócio deve ser também este enamoramento, uma entrega sem reservas ao Mestre, a tal ponto de dizer: “Não sou mais eu quem vive, mas Cristo que vive em mim”. Agradeço a Deus que, por meio desta e de tantas outras histórias de vida que presenciei, me ensinou a beleza do seguimento de Cristo nas pegadas do Bom Pastor” (Cesar Augusto, 2º ano de Teologia).

“Me chamo João Pedro e essa foi a primeira missão que eu participei das missões no período de férias. Foi uma ótima experiência, pois pude experimentar, de alguma maneira, a futura responsabilidade de ser padre, visitando muitas famílias e vendo como vale a pena doar a nossa vida por um bem maior” (João Pedro Nantes, 1º ano de Filosofia).

“Durante as Santas Missões populares de 2021, estive na área rural e pude evidenciar o quão forte é a fé do povo de Deus. Mesmo com todas as dificuldades e problemas, a fé genuína continua. É nítido através da humildade e simplicidade deste povo ver o quanto amam a Jesus e a Maria. Pude colocar em minhas preces o desejo de possuir tamanha humildade e a fé deste povo (Heitor Eduardo, 1º ano de Filosofia).

“Olá, me chamo Wellington. Essa não foi a primeira missão que participei como seminarista mas, como todas, essa foi especial e será inesquecível. Estive na área urbana de Rochedo, e o que mais me chamou atenção foi a acolhida das pessoas. Pessoas simples, humildes e de uma acolhida incrível, histórias que doem na alma, mas esperançosos e crentes que Deus é maior que tudo o que nos acontece. Sigo rezando para que o Bom Deus os abençoe muito” (Wellington Gonçalves, 1º ano de Filosofia).

“Sou o seminarista Thiago Ernesto e estive na região conhecida como “Pirizal”, que engloba dois assentamentos, a aldeia Bálsamo e as fazendas da região. Em suma, nossa presença na região foi bastante enriquecedora. Conhecemos muitos católicos que não frequentavam uma missa há mais de oito anos e que mantinham uma ilustre e cativadora fé a partir de devoções particulares como terços e novenas. A Igreja de Cristo ali presente sob uma pequena construção dedicada a São José alumiou nosso caminho para a necessidade que nós, como discípulos de Jesus, precisamos ter para evangelizar e caminhar com esse povo. Esse apelo permaneceu no meu coração e me ajudou, com grande veemência, a buscar corresponder com entusiasmo ao anúncio do Evangelho” (Thiago Ernesto, 3º ano de Filosofia).

“Cada missão tem um gosto diferente, tem um sentido diferente. Deus age de forma diferente em cada missão que realizamos. A missão para mim foi um momento de renovar minha vocação, momento em que Deus age através de cada pessoa que visitamos, dentro de suas histórias, dentro de cada palavra de agradecimento, entusiasmo, de cada gesto de carinho com a gente durante esse período de missão. Percebemos que as pessoas sentem a falta de Deus e querem estar perto dele” (Luiz Henrique, 1º ano de Teologia).

“Minha experiência em poucas palavras: viver as Santas Missões é fazer aquilo que o próprio Cristo fez e pediu que fizéssemos, ir ao encontro do próximo. Esta é minha primeira Missão e digo sem muitas palavras que foi realmente agradável e gratificante: conhecer a realidade do povo e se deixar tocar pela vida de cada um, é surreal! “Chorar com os que choram e se alegrar com os que se alegram”, este foi um versículo que passou muitas vezes pela minha cabeça durante as visitas e a cada situação relatada. Pude ver o Cristo naquele que sofre e em todas as realidades, principalmente naqueles em plena comunhão com a Igreja. Destaco a presença de algumas crianças que marcaram a minha Missão: seu jeito dócil, o amor a Nossa Senhora e a Igreja me fez lembrar de como “o céu é delas” (Matheus Sanabria, 2º ano de Filosofia).

“A Ação Missionária dos seminaristas, para mim, é sempre uma oportunidade única de vivência das diversas realidades paroquiais de nossa Arquidiocese. Encontramo-nos com inúmeras pessoas que mostraram-se verdadeiros testemunhos de fé vivos e, também, nos deparamos com os desafios próprios da realidade rural de nossa Igreja Particular. Poder realizar uma ação missionária, como a vivida na Paróquia de São Sebastião Mártir, é poder se encontrar com Cristo, vivo nas pessoas simples do interior, que guardam a fé por meio de suas tradições, cânticos e ladainhas, e levar a benção de Deus a tantos que se alegram com a presença da Igreja nos missionários” (Ronaldo Corim, 2º ano de Teologia).

Que sejam contínuas as nossas preces pelas vocações e pelos missionários em nossa Igreja em Campo Grande!

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