Epifania do Senhor

EPIFANIA DO SENHOR – MATEUS 2,1-12

Hoje celebramos na Igreja a “Epifania do Senhor”. A Palavra “epifania” vem do grego “epiphanéia” (aparição, manifestação). O Catecismo diz: a Epifania “é a manifestação de Jesus como Messias de Israel, Filho de Deus e salvador do mundo. Juntamente com o batismo de Jesus no Jordão e as bodas de Caná, a Epifania celebra a adoração de Jesus pelos «magos» vindos do Oriente. Nestes «magos», representantes das religiões pagãs circunvizinhas, o Evangelho vê as primícias das nações, que acolhem a Boa-Nova da salvação pela Encarnação” (Cfr. CIC 528).

  1. Deus se dá a conhecer (revela-se): O nosso Deus não é um Deus escondido, Ele sai de si mesmo, dá-se a conhecer. Aliás, se fez homem, um de nós. E o seu filho é a máxima e definitiva manifestação. Jesus é “o rei dos judeus” (v.1); o “Messias” (v.4); o “Pastor de Israel” (v.6). Tudo o que nós queremos saber e conhecer de Deus, o podemos só através de Jesus Cristo. “Levanta-te, acende as luzes, Jerusalém, porque chegou a tua luz, apareceu sobre ti a glória do Senhor” (Isaías 60,1).
  2. A todos: Jesus não é o Salvador duns poucos, de uma elite, não é propriedade privada de ninguém. A sua salvação é universal. Justamente nos “magos do Oriente” se quer mostrar aos gentios que também são convidados a acolher a salvação de Deus. Isto é justamente a “Epifania”, Jesus manifestando-se ao mundo, aos gentios. Paulo entendeu que a pregação do Evangelho ia além de Jerusalém “os pagãos são admitidos à mesma herança, são membros do mesmo corpo, são associados à mesma promessa em Jesus Cristo, por meio do Evangelho” (Efésios 3,5). Assim, nenhum de nós poderia sentir-se excluído do amor de Jesus Cristo, da sua salvação.
  3. Adorá-lo: Jesus se revela a todos os homens, mas deve existir a resposta humana. Os “magos” fizeram todo um movimento exterior-interior que expressa o movimento do coração do homem: “Saíram, partiram, procuraram, ajoelharam-se, adoraram, ofereceram”. Eis aí o movimento interior que temos que fazer na experiência da fé. Sair ao encontro do Senhor que se nos tem manifestado e ao encontrá-lo, adorá-lo. Adorar significa reconhecer Jesus como Senhor, Deus e Salvador e fazer perante Ele um ato de amor profundo e sincero. Não só um ato externo (ajoelhar-se), mas também uma atitude interior (adorá-lo) que se transparenta nas atitudes que refletem o amor recebido de Jesus (oferecer).

Peçamos ao Senhor que saibamos reconhecer a sua presença e amor nos sinais (a estrela) cotidianos e simples da nossa vida a fim de sermos uma oferenda naquilo que somos e fazemos. Que a nossa vida seja “epifania” do Amor que se fez homem.

Juan Diego Giraldo Aristizábal, PSS

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